Estudos arqueológicos em Barretos

[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*

Na próxima semana, arqueólogos da A Lasca estarão em Barretos (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, serão distribuídos folhetos explicativos em aparelhos culturais, tais como, museus, escolas, teatros, bibliotecas, etc., para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.

Essas ações de esclarecimento e extroversão integram quatro projetos desenvolvidos no município de Barretos:

  • Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Residencial Tamboré Barretos 1;
  • Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Residencial Tamboré Barretos 2, ambos no bairro Jockey Club;
  • Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Residencial e Comercial Nova Barretos III, próxima ao bairro Jardim Nova Barretos e à Avenida do Contorno;
  • Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação dos loteamentos residenciais Vida Nova Barretos III e IV.

Esses estudos foram autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 23 de 22/05/2017 e da Portaria n.º 27 de 05/06/2017.

Por que são necessários esses estudos?

Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são uma forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.

Bens culturais

Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Barretos possui um bem tombado, isto é, protegido por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat:

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(Foto: Condephaat)

No entanto, para além dos bens culturais tombados, há por certo, muitos outros que são representativos das comunidades de cada bairro, ou ainda da cidade como um todo, por exemplo: a Catedral, a Estação Ferroviária, a Queima do Alho, a Festa do Peão de Boiadeiro, a Moda de Viola e a Catira.

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Estação Ferroviária de Barretos. Saiba mais em: www.estacoesferroviarias.com.br

Você sabia que na sua cidade há sítios arqueológicos?

Constam, no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, alguns sítios arqueológicos registrados no município de Barretos:                                                                                

Sítio Arqueológico Ribeirão Pitangueiras: sítio arqueológico com vestígios de artefatos líticos (feitos em rocha);

Sítio Arqueológico Córrego do Capim I: sítio com presença de vestígios líticos e cerâmicos (lito-cerâmico) indicando ocupação pré colonial (antes da chegada dos portugueses); havendo também vestígios de ocupação histórica, ou seja após a chegada dos portugueses. Devido a estas características relativas a mais de uma ocupação no local, o sítio é chamado de sítio arqueológico multicomponencial;

Sítio Arqueológico do Capim II: sítio com vestígios de material lítico, pré-colonial;

Sítio Arqueológico Colina I: sítio lito-cerâmico associado à Tradição Tupiguarani;

Sítio Arqueológico São José I: sítio histórico, séculos 19-20.

Sítio Arqueológico Santa Helena III: sítio lítico pré-colonial localizado na Fazenda Santa Helena, na margem direita do córrego Tamboril;

Sítio Arqueológico Rio Grande: Sítio lito-cerâmico pré-colonial situado na margem direita de afluente do rio Grande. 

 

A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:

Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:

Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial

 * ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.

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