[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Entre os dias 18 e 23 de janeiro, arqueólogos da A Lasca estarão em Piracicaba (SP) para realizar estudos de campo. Antecipando esses projetos, a educadora patrimonial da equipe visitou a Biblioteca Municipal Ricardo Ferraz de Arruda Pinto, o Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes e o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac), locais onde foram disponibilizados folhetos explicativos para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integraram dois projetos:
- Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Capim Fino, próximo da Avenida Hyundai e do bairro Santa Rosa, autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 27 de 05/06/2017; e
- Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área do loteamento residencial Vida Nova Piracicaba 1, próximo da Estrada do Serrote, autorizado por meio da Portaria n.º 71 de 26/12/2017.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Piracicaba possui 8 bens tombados, ou seja, protegidos por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat e outros 120 imóveis tombados e 2 bens imateriais registrados pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural – Codepac, entre eles:
- Festa do Divino Espírito Santo de Piracicaba

- Sotaque e Dialeto Caipira de Piracicaba (saiba mais sobre a história desse sotaque aqui).
- Engenho Central (tombado pelo Condephaat e pelo Codepac)

- Museu da água

- Árvore Sapucaia (nome popular: cumbuca- de-macaco), árvore símbolo de Piracicaba

Mais informações podem ser obtidas na Listagem dos Bens Tombados, disponível no portal do Condephaat e na Relação de Imóveis Tombados do Codepac.
Você sabia que na sua cidade há sítios arqueológicos?
No município de Piracicaba já foram encontrados 11 sítios arqueológicos, são eles:
Sítio Arqueológico Nalim (SP00510) – (não consta especificação)
E os sítios arqueológicos denominados líticos, ou seja, com presença de vestígios de instrumentos produzidos em rocha:
SP.PC.2 (SP00511)
Tamandupá (SP00512)
Tanquinho (SP00513)
SP.PC.5 (SP00514)
Zambom (SP00515)
Piracicaba (SP00516)
Nauti-Clube (SP00517)
Rancho Caído (SP00518)
Brunelli (SP01257)
Silvello (SP01259)
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.