[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Este mês, arqueólogos da A Lasca estiveram em São José dos Pinhais (PR) para realizar estudos de campo. Nesse período, foram entregues folhetos explicativos na Biblioteca Pública Municipal Scharffenberg de Quadros e no Museu Municipal Atílio Rocco para distribuição à população, com o objetivo de informar sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essa ação de esclarecimento e extroversão integra o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área do condomínio residencial Reserva dos Pinhais, localizado entre as ruas Hugo Zen, José Gomes de Almeida e Alferes João Bortolloti. Esse estudo foi autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 13 de 12/03/2018.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. São José dos Pinhais possui 11 bens tombados, isto é, protegidos por lei pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural – Compac. Entre eles estão:
- Museu Municipal Atílio Rocco


- Mausoléu Killian (Cemitério Municipal)

- Catedral de São José dos Pinhais

Além dos bens reconhecidos e protegidos, há outras referências culturais representativas para a população local, como por exemplo a Dança Folclórica Ucraniana.

Você sabia que na sua cidade há sítios arqueológicos?
Em São José dos Pinhais, constam 21 sítios arqueológicos registrados no Cadastro
Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/Iphan, listados abaixo.
Sítios líticos (com artefatos feitos em rocha): Fazenda Céu Azul, Rio Pequeno 1, Arroio do André e Afonso Pena III.
Sítios cerâmicos pré-coloniais: Rio Pequeno 2, Represa Seca 1, Represa Seca 2, Capão,
Pinheiro da Divisa 1 e 2, Alameda das Araucárias, Campo do Assobio e Afonso Pena I.
Sítios lito-cerâmicos pré-coloniais: Rio Pequeno 3 e Capão Grosso-2.
Sítios históricos: Afonso Pena II, Capão Grosso-1, Capão Grosso III, Cachoeira
dos Pinhais, Estrutura escavada Pinheiro seco e Estrada de Pedra (estrada dos Jesuítas).
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Paraná
Telefone: (41) 3264-7971 / e-mail: iphan-pr@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.