[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca estiveram em Pereira Barreto (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, foram entregues folhetos explicativos no Centro Cultural Aristeu Custódio Moreira para distribuição à população, com o objetivo de informar sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Residencial Jardim Tóquio II, localizado na Rua Antônio Augusto Dias. Esse estudo foi autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 15 de 19/03/2018.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Pereira Barreto não possui bens tombados, isto é, protegidos por lei. Entretanto, há outras referências culturais representativas para a população local, tais como:
- GO-JU-NO-TO (que representa um Templo de Madeira onde os Chefes Samurais guardavam suas jóias e livros sagrados), localizado na Praça da Bandeira.

- Canal Artificial Hidrovia Tietê-Paraná

- Praia Municipal Por do Sol

- Festa do Bon Odori

- Ponte Pênsil Novo Oriente (submersa quando da formação do lago da Usina Hidrelétrica Três Irmãos em 1990)

Para saber mais:
Sítios arqueológicos na região
No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/CNA constam 4 sítios arqueológicos registrados em Pereira Barreto, são eles:
Sítio Arqueológico Boa Esperança – sítio com material em cerâmica.
Sítio Arqueológico Ary Carneiro – sítio litocerâmico, ou seja, com presença de material lítico (feito em rocha) e cerâmico.
Sítio Arqueológico Kondo – idem.
Sítio Arqueológico Trentin – idem.
Na bacia hidrográfica em que se encontra o município são conhecidos sítios arqueológicos identificados por pesquisas realizadas desde as décadas de 1970 e 1980, quando foi desenvolvido o Projeto Oeste Paulista de Arqueologia do Baixo e Médio Vale do Rio Tietê. As pesquisas permitiram efetuar um levantamento de 26 sítios arqueológicos com datações entre 2200 a 1040 AP.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.