São José dos Pinhais: novos estudos

[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*

Em junho, arqueólogos da A Lasca estiveram em São José dos Pinhais (PR) para realizar estudos de campo. Nesse período, foram entregues folhetos explicativos na Divisão Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Cultura para distribuição à população, com o objetivo de informar sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.

Essa ação de esclarecimento e extroversão é parte integrante de dois projetos: Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico nas áreas de implantação do Condomínio Residencial Villagio di Parma e do Condomínio Residencial Villagio di Piacenza. Localizados em gleba situada adjacente às planícies da margem esquerda do alto rio Iguaçu, continuação da Rua Dolovico Pissaia. Esses estudos foram autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio das Portarias n.º 31 de 28/05/2018 e n.º 38 de 18/06/2018, respectivamente.

Em março de 2018 nossa equipe realizou esta outra pesquisa no município.

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Atividade de esclarecimento com os funcionários do empreendimento e avaliação de impacto ao patrimônio imaterial.

Por que são necessários esses estudos?

Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.

Bens culturais

Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. São José dos Pinhais possui 11 bens tombados, isto é, protegidos por lei pelo Conselho Municipal de Patrimônio Cultural – Compac. Entre eles estão:

  • Memorial Casarão
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Fonte: Portal da Prefeitura de São José dos Pinhais. Crédito da imagem: Roberto Dziura Jr.
  • Colégio Estadual Silveira da Mota
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Fonte: Blogspot Nossa São José.

Além dos bens reconhecidos e protegidos, há outras referências culturais desenvolvidas na cidade, como por exemplo a Capoeira.

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Foto: Acervo A Lasca Arqueologia

Você sabia que na sua cidade há sítios arqueológicos?

Em São José dos Pinhais, constam 21 sítios arqueológicos registrados no Cadastro
Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/Iphan, listados abaixo.

Sítios líticos (com artefatos feitos em rocha): Fazenda Céu Azul, Rio Pequeno 1, Arroio do André e Afonso Pena III.

Sítios cerâmicos pré-coloniais: Rio Pequeno 2, Represa Seca 1, Represa Seca 2, Capão,
Pinheiro da Divisa 1 e 2, Alameda das AraucáriasCampo do Assobio e Afonso Pena I.

Sítios lito-cerâmicos pré-coloniais: Rio Pequeno 3 e Capão Grosso-2.

Sítios históricos: Afonso Pena II, Capão Grosso-1, Capão Grosso III, Cachoeira
dos Pinhais, Estrutura escavada Pinheiro seco e Estrada de Pedra (estrada dos Jesuítas).

A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:

Superintendência do Iphan no Paraná
Telefone: (41) 3264-7971 / e-mail: iphan-pr@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial

* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.

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