[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
No mês passado, arqueólogos da A Lasca estiveram em Nova Brasilândia D’Oeste (RO) para realizar estudos de campo. Nesse período, foram entregues folhetos explicativos na Secretaria Municipal de Educação para distribuição à população, com o objetivo de informar sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essa ação de esclarecimento e extroversão é parte integrante de dois projetos: Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de Projeto DM1-Mineração Santa Elina Indústria e Comércio S. A., localizada na zona rural, cerca de 2 Km ao sul da rodovia R0-481. Esse estudo foi autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 35 de 18/06/2018.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Nova Brasilândia D’Oeste não possui bens tombados, isto é, protegidos por lei. Contudo, há referências culturais que são reconhecidas pela população, entre elas:
- Cachoeiras na Linha 21


Fonte: Portal Atrativos Turísticos. Crédito das imagens: Gircelia Luchi.
(http://rondonia-city.blogspot.com)
- Festividades de aniversário do município
- Feira da Lua
Você sabia que na sua cidade há sítios arqueológicos?
No território do município de Nova Brasilândia D’Oeste, conforme o banco de dados do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/IPHAN há um sítio arqueológico conhecido:
Sítio Arqueológico Nakahara. Ro.14 – Associado a um geoglifo (palavra composta por dois vocábulos: geo que significa ‘terra’ e glifo que significa ‘esculpir’,‘talhar’), são caracterizados por grandes valas escavadas no solo, ladeadas de muretas formadas pelo solo retirado delas, formando figuras geométricas com diâmetros que alcançam 300 metros e só podem ser visualizadas em imagens aéreas de áreas desmatadas. Ainda, para os municípios circunvizinhos apenas Alvorada d’Oeste, Castanheiras e Novo Horizonte do Oeste não apresentam registro de sítios arqueológicos, enquanto que os Municípios de Alta Floresta d’Oeste, Presidente Médici e São Miguel do Guaporé apresentam o registro de 28 sítios arqueológicos.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do IPHAN em Rondônia
Telefone: (69) 3223-5490 / e-mail: iphan-ro@iphan.gov.br
Para saber mais:
* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.