[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Em julho, arqueólogos da A Lasca estiveram no município de Socorro (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, foram distribuídos folhetos explicativos no Centro Cultural de Socorro para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área do residencial Jardim Nova Araújo, localizada no prolongamento da Rua 11 do loteamento “Jardim Araújo”, próximo a Avenida Bernardino de Campos. Esse estudo foi autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 37 de 02/07/2018.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Socorro possui um bem tombado, isto é, protegido por lei pelo Condepacnas – Conselho de Defesa do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Natural de Socorro:
- Museu Municipal Dr. João Baptista Gomes Ferraz
Fonte: Facebook do Museu Municipal da Estância de Socorro. Crédito da imagem: Guilherme Salles.
Há, ainda, outras referências culturais que são reconhecidas por sua população, entre as quais estão:
- Palácio das Águias
- Maria Fumaça 208
Portal Turismo de Socorro.
(www.socorro.tur.br)
Sítios arqueológicos na região
O município de Socorro está inserido na bacia hidrográfica dos rios Mogi-Guaçu, do Peixe e Camanducaia, ambiente amplamente propício à ocupação humana o que atraiu diversos agrupamentos humanos desde períodos bastante recuados no tempo. Apesar disso, em seu limite territorial não constam sítios arqueológicos registrados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo
Iphan. Contudo, a região está próxima ao município de Rio Claro (bacia do Piracicaba), tradicionalmente conhecido por sua importância do ponto de vista arqueológico. Havendo ainda, registros de sítios em municípios próximos:
Santa Bárbara d’Oeste – Sítios arqueológicos dos Toledos, Matão, da Lagoa e Sítio Parada de Cillos .
Cordeirópolis – Sítios arqueológicos SP.CD.1 e Cascalho.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.