Arqueólogos da A Lasca estiveram no município de Corumbataí (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, foram distribuídos folhetos explicativos na Secretaria Municipal de Educação e Cultura para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.

Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de impacto
ao patrimônio arqueológico na área do loteamento residencial Jardim Jatobá, na zona
rural do município. Esse estudo foi autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 41 de 16/07/2018.

Por que são necessários esses estudos?

Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.

Bens culturais

Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Corumbataí não possui bens tombados, isto é, protegidos por lei. Contudo, há referências culturais que são reconhecidas pela população, entre elas:

• Praça da Matriz

Fonte: Portal Distância.net

• Ruínas da Antiga Olaria

Fonte: Portal D Motos

(http://portaldmoto.com.br/city-tour-corumbataisp)

• Estação Ferroviária de Corumbataí

No território do município de Corumbataí, conforme o banco de dados do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/IPHAN há um sítio arqueológico conhecido:

Sítio Arqueológico Abrigo Santo Urbano (SP00169) – Abrigo com sinalações
rupestres (gravuras) e material lítico (lascado em rocha).
O conhecimento arqueológico existente para a região de Rio Claro, território onde Corumbataí está inserido, indica duas fases de ocupação – A pré-colonial (antes da chegada dos portugueses) e outra de ocupação histórica (após a chegada dos portugueses):
•10.000 a 2.500 antes do presente (A.P.) – caçadores-coletores produtores de instrumentos
líticos lascados;
•1.000 a 800 A.P. – horticultores produtores de cerâmicas;
•250 AP – ocupações do século 18 com o ciclo bandeirista e nos sécs. 19 e 20 com o ciclo do café e a expansão ferroviária.

A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:

Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial

 ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.