[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca estarão em Campinas (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, serão entregues folhetos explicativos no Museu da Cidade / Casa de Vidro para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos.
Essas ações de esclarecimento integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Arruamento e Loteamento Jatiuna. Esse estudo foi autorizado pelo Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 39 de 17/06/2019.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que vivem ali. Campinas possui 20 bens tombados, isto é, protegidos por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat, que podem ser consultados na Listagem dos Bens Tombados.
Há ainda, os bens protegidos pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas – Condepacc, entre os quais:
- Traçado Urbano da Praça 9 de Julho
- Curtume Cantúsio
Fonte: Portal da Prefeitura de Campinas
CAMPINAS ANTIGA
Largo de Santa Cruz. Um dos pousos de tropeiros que, por volta de 1737, demandavam Goiás. Acervo IGC.
Fonte: Portal do IGC
Sítios arqueológicos em Campinas
No município de Campinas constam, no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo Iphan, 5 sítios arqueológicos:
Sítio arqueológico Morro Azul – Sítio arqueológico pré-cerâmico a céu aberto;
Sítio arqueológico Souzas I – Sítio arqueológico histórico;
Sítio arqueológico Colina – Sítio histórico com ruínas;
Sítio arqueológico Benedito Pupo – Sítio histórico com ruínas de estruturas em pedra e fragmentos de tijolos e cerâmica associados à fazenda Jaguari. Esta originária de uma sesmaria de Alexandre Barbosa em 1885. Em 1914 a propriedade foi passada para Benedito Pupo;
Sítio arqueológico Cemitério Revolução de 1932 – Sítio localizado junto ao perímetro urbano do distrito de Carlos Gomes, região norte do município de Campinas. Relatos orais apontam que parte das ossadas dos antigos combatentes foram removidas do local.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.