Novos estudos arqueológicos no Ceará e Piauí

[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*

Arqueólogos da A Lasca estarão em 16 municípios nordestinos, sendo 12 deles no Piauí: Altos, Bom Princípio do Piauí, Boqueirão do Piauí, Brasileira, Campo Maior, Capitão de Campos, Cocal, Cocal de Telha, Nossa Senhora de Nazaré, Piripiri, São João da Fronteira e Teresina; e outros 4 municípios no Ceará: Ibiapina, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará para realizar estudos de campo. Nesse período serão disponibilizados folhetos explicativos em espaços culturais e educativos vinculados à prefeitura de cada município. Esse material objetiva informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos.

Essas ações de esclarecimento integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico das linhas de transmissão: LT 230 kV Piripiri – Teresina III – C1, LT 230 kV Ibiapina II – Piripiri – CD2, LT 230 kV Ibiapina II – Tianguá II – CD – C1C2, Paranaíba III – Tianguá II – CD1 e Seccionamento LT 500 kV – Sobral C2, que envolveu os dezesseis municípios acima citados. Esse estudo foi autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 40 de 24/06/2019.

Por que são necessários esses estudos?

Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural das cidades.

 

Sítios arqueológicos na região

De acordo com o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA)/IPHAN, existem ao menos,  72 sítios arqueológicos registrados na região:

Em Ibiapina (CE):

  • Sítio arqueológico Piso 01 – Trata-se de um afloramento em arenito com grafismos
    rupestres (inscrições feitas nas rochas) pré-colonial, ou seja, relativo a períodos anteriores à chegada dos portugueses ao Brasil.

Em Viçosa do Ceará (CE):

  • Sítio arqueológico Pedra dos Pilões –  Sítio com gravuras rupestres, pré-colonial.

Em Bom Princípio do Piauí (PI), existem 10 sítios arqueológicos registrados, são todos pré-coloniais com grafismos rupestres:

  • Sítio Guaritas I a IV
  • Sítio Letreiro das Cruzes
  • Furna das Guaritas
  • Furna do Letreiro
  • Sitio Riacho da Cachoeira
  • Pedra Pintada I e II 

Em Brasileira (PI):

  • Sítio arqueológico Fazenda Bom Gosto – Sítio histórico composto por estruturas arquitetônicas.

Em Campo Maior (PI), existem 7 sítios arqueológicos registrados, todos com grafismos rupestres:

  • Sítio das Emas
  • Sítio Futrica I e II
  • Sítio Boa Vista
  • Sítio Pedra do Letreiro
  • Sítio Letreiro das Tabocas
  • Sítio Pedra do Vaqueiro.

Em Capitão de Campos (PI), existem 2 sítios arqueológicos registrados:

  • Pedras dos Letreiros I e II – ambos sítios com grafismos rupestres.

Em Cocal (PI):

  • Sítio arqueológico Pedra do Letreiro – sítio com gravuras rupestres.

Em Piripiri (PI), existem 30 sítios arqueológicos registrados, todos eles sítios pré-coloniais com grafismos rupestres:

  • Sítio das Emas
  • Futrica I e II
  • Sítio Boa Vista
  • Pedra do Letreiro
  • Letreiro das Tabocas
  • Pedra do Vaqueiro
  • Pedras dos Letreiros I e II
  • Pedra do Atlas
Sítio Pedra do Atlas
Sítio Pedra do Atlas. Fonte: CAVALCANTE, L.C.Duarte, 2015. Disponível em: Revista Arqueologia Iberoamericana
  • Pedra do Cantagalo I e II
Sítio Pedra do Cantagalo I
Sítio Pedra do Cantagalo I. Fonte: CAVALCANTE, L.C.Duarte, 2017. Disponível em: Revista Arqueologia Iberoamericana
  • Sítio Caminho da Caiçara I e II
Sítio Pedra da Biblioteca
Sítio Caminho da Caiçara I. Fonte: CAVALCANTE, L.C.Duarte, 2016. Disponível em: Revista Arqueologia Iberoamericana
  • Sítio Cadoz Velho I a IV
  • Sítio Furna do Morcego
  • Sítio Buriti dos Cavalos IV e V
  • Pedra do Dicionário
  • Pedra do Cosme
  • Pedra Ferrada
  • Pedra do Cantagalo I e II
  • Pedra da Biblioteca
  • Sítio Tuncas de Pedra
  • Furna das Tuncas
  • Pedra do Lagarto
  • Sítio do Recanto
  • Sítio dos Carimbos Gigantes

Em Teresina, existem 19 sítios arqueológicos registrados, entre os quais estão:

Sítios pré-coloniais com a presença de materiais líticos, ou seja, com material lascado em rocha:

  • Sítio Barragem
  • Sítio do Masssará
  • Sítio Zacarias
  • Sítio do Boi
  • Sítio do Rafael
  • Sítio Leonílio
  • Sítio Dona Sônia
  • Sítio José Aurélio
  • Sítio da Sapucaia
  • Sítio da Torre 205/3
  • Sítio Lítico I
  • Sítio Lítico II

Ainda, os sítios:

  • Sítio Pedra e Barro – Sítio histórico composto por vestígios de estruturas e material associado ao séc. XIX.
  • Sítio Ininga – Sítio lito-cerâmico (presença de material lítico e cerâmicas) pré-colonial e Sítio histórico com materiais associados ao final do séc. XIX e começo do séc. XX.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:

Superintendência do Iphan no Estado do Ceará
Telefone: (85) 3221-6360 / E-mail: iphan-ce@iphan.gov.br

Superintendência do Iphan no Estado do Piauí
Telefone: (86) 3221-1404 / E-mail: iphan-pi@iphan.gov.br

Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial

* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.

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