[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca estarão em Adamantina (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, serão entregues folhetos explicativos na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos.
Essas ações de esclarecimento integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do loteamento residencial Monte Carlo. Esse estudo foi autorizado pelo Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 51 de 05/08/2019.
Igreja de Santo Antonio de Pádua (Igreja Matriz de Adamantina).
Fonte: Diocese de Marília
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de empreendimentos.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são uma forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem.
No acervo do Arquivo do Estado de São Paulo, há documentos cartográficos que remetem à colonização da região dos rios Aguapeí-Peixe, que posteriormente dará origem ao atual município de Adamantina:
- Núcleo Boston redução da Planta da C.A.I.C. – Companhia de Agricultura, Imigração e Colonização. Planta de 1946:
Código do documento: BR_APESP_IGC_IGG_CAR_I_A_0001_001_001
Fonte: Arquivo Público do Estado de São Paulo
Sítios arqueológicos
No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/Iphan não constam registros de sítios arqueológicos no município de Adamantina. Entretanto, há registro de sítios arqueológicos nos municípios próximos:
Em Panorama: 4 sítios, sendo todos com presença de material lítico, ou seja, lascados em rocha.
Em Paulicéia: 19 sítios, alguns deles líticos e outros litocerâmicos (com a presença de material lítico e cerâmicas).
Em Pompéia: 1 sítio arqueológico com a presença de cerâmicas.
Em Álvares Machado: 3 sítios, sendo 1 lítico e 2 litocerâmicos.
Em Martinópolis: 2 sítios com a presença de cerâmicas.
Em Presidente Prudente: 4 sítios, sendo 2 deles litocerâmicos e os outros dois cerâmicos.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.