[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca estarão na divisa entre os municípios de Taboão da Serra e São Paulo (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, serão entregues folhetos explicativos na EMEF Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos.
Essas ações de esclarecimento integram a Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Centro Logístico GLP Embu III. Esse estudo foi autorizado pelo Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 11 de 14/02/2020.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de empreendimentos.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são uma forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Fonte: O Taboanense
Praça Nicola Vivilechio, 2019. Fonte: O Taboanense
Sítios arqueológicos
Em consulta ao Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/CNA/IPHAN, não foram identificados sítios arqueológicos no município de Taboão da Serra. No entanto, a região referida localiza-se em área da Bacia Hidrográfica do Alto Rio Tietê e pelo seu panorama arqueológico e histórico, pode-se afirmar que a região ocupada atualmente pelo complexo urbano da Grande São Paulo foi amplamente ocupada por grupos indígenas antes da colonização.
Sobretudo, a análise do Trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas, que passa pelos municípios de São Paulo, Osasco, Cotia, Barueri e Taboão da Serra, resultou na identificação e cadastramento de 41 bens culturais, comprovando assim a existência de patrimônio arqueológico na região. As evidências pré-coloniais possuem características materiais, de dispersão e formação dos sítios, e segundo o Mapa Etno-histórico de Nimuendajú, havia a presença de dois grupos indígenas na região no período do século XVI, sendo os Goyaná, de origem Jê e os Tupi.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.