[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*

Arqueólogos da A Lasca estarão em Igaraçu do Tietê (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período serão entregues folhetos explicativos objetivando informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos.

Essas ações de esclarecimento integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Jardim Maria Carolina II. Esse estudo foi autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 22 de 13/04/2020.

Por que são necessários esses estudos?

Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de empreendimentos.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são uma forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.

Bens culturais

Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Igaraçu do Tietê não possui bem tombado, isto é, protegido por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat.

Entretanto, há outras referências culturais representativas para a cidade e a população local, como por  exemplo, a Igreja Matriz de São Joaquim:

Fonte: Portal da Arquidiocese de Botucatu.

Construção da Usina Hidrelétrica de Barra Bonita, 23/09/1960, autor desconhecido. Fundo Correio da Manhã, Arquivo Nacional. 

Fonte: Portal da Prefeitura de Igaraçu do Tietê

Sítios arqueológicos na região

Em consulta ao Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA/CNA/IPHAN, não constam sítios arqueológicos no município de Igaraçu do Tietê. Entretanto, em São Manuel, município vizinho, há registro de quatorze sítios arqueológicos:

Sítio arqueológico Falcão – Sítio histórico caracterizado por construções – sede atual, sede primitiva, colcheira, paiol, etc. As características construtivas sugerem implantação aproximada da década de 1940;

Água da Capivara – sítio lítico;

Mumbuca – sítio histórico, restos construtivos;

Capitel – sítio histórico, capitel;

São Manuel – sítio cerâmico a céu aberto;

Palmeiras – sítio lítico a céu aberto;

Serrito I – sítio cerâmico a céu aberto;

Serrito II – sítio rupestre em abrigo sob rocha;

Araquá I a III – sítio lítico a céu aberto;

Caetetuba – sítio lítico a céu aberto;

Toca do Faria – sítio lítico e rupestre em abrigo sob rocha;

Palmeiras do Araquá – sítio lítico a céu aberto.

A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:

Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial

* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.