[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca estarão em Leme (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, serão distribuídos folhetos explicativos para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos.
Essas ações de esclarecimento integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Industrial Anhanguera. Esse estudo foi autorizado pelo IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 26 de 27/04/2020.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de empreendimentos.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são uma forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. O município de Leme não possui bens tombados a nível federal, isto é, protegidos por lei pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Contudo, o município conta com outras referências culturais importantes para sua história e população, como o Museu Histórico Municipal, que comporta um rico acervo sobre a história do município, e o tradicional Desfile de Máscaras realizado em Leme durante o Carnaval.
Leme antiga
Moradores assistindo a uma partida de futebol do time da cidade contra a equipe de Engenheiro Coelho. Fonte: Blog do Iba Mendes. Crédito da imagem: Revista “O Malho”, edição de 1922, disponível digitalmente no site da Biblioteca Nacional Digital do Brasil
Sítios arqueológicos na região
Em Leme não constam sítios arqueológicos registrados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo Iphan. Contudo, foram identificados sítios líticos (com materiais feitos em rocha), cerâmicos pré-coloniais e sítios históricos em outros municípios que compõe a bacia hidrográfica do Moji-Guaçu. São eles:
- Itapira: Sítio Virgulino, Sítio Jacuba, Sítio Espaço Natureza e Sítio Rio do Peixe;
- Santa Rita do Passa Quatro: Sítio Fazenda do Brejão e Sítio Usina Santa Rita S/A;
- Rincão: Sítio Mogi 1, Sítios Rancho Queimado 1, 2 e 3, e Sítio Rincão 01;
- Porto Ferreira: Sítio Água Parada;
- Araras: Sítio Araras I;
- Pirassununga: Sítios Cachoeira de Emas I, II, III e IV;
- Luís Antônio: Sítio do Monjolo, Sítio Ribeira, Sítio Córrego do Canavial e Sítio Bom Retiro.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
* ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.