[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca estarão em Jundiaí (SP) para realizar estudos de campo. Nesse período, serão distribuídos folhetos digitais explicativos para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos.
Essas ações de esclarecimento integram o projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Residencial Verona. Esse estudo foi autorizado pelo Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 42 de 29/06/2020.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de empreendimentos.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são uma forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Jundiaí possui 9 bens tombados, ou seja, protegidos por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat, tais como:
Cine Teatro Polytheama

Gabinete de leitura Ruy Barbosa

Sítios arqueológicos
O município de Jundiaí consta apenas um sítio registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo Iphan, embora outros sítios, ainda não cadastrados, constem em bibliografias especializadas, tais como:
Sítio arqueológico 7 – sítio histórico caracterizado por uma mancha de concentração de fragmentos de telhas e louças que remetem à ocupação do local para o final do século 19 e primeiras décadas do 20;
Sítio arqueológico Fonseca – localizado a 300m do rio Jundiaí-Mirim, sobre alta vertente. O material identificado no local (louça e metal) remete para os séculos 19/20;
Sítio arqueológico Monte Serrat – localizado na Serra do Japi, em fundo de vale. Na área foram encontradas cerâmica, louça e vidro (Séculos XIX / XX);
Sítio arqueológico Alphaville Jundiaí – é um sítio lítico, ou seja, com a presença de materiais lascados em rocha e está implantado em topo de morro.
Sítio arqueológico Ermida 1 – localizado na Serra do Japi, em fundo de vale e cuja características dos materiais identificados (objetos de olaria, cerâmica, louça, vidro e metal) remetem para os séculos 18; 19 e 20.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos nas cidades:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.