[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*

No começo do mês de setembro foram realizados estudos arqueológicos em uma área próxima à Usina Alta Mogiana e ao bairro Pioneiros no município de São Joaquim da Barra (SP).
Paralelamente, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, serão difundidos, por meio dos seus canais de comunicação, o folheto explicativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? Estudos Arqueológicos em São Joaquim da Barra – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da Linha de Distribuição (LD) 138 kV – SE Alta Mogiana – SE Pioneiros (CPFL), estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria n.º 55 de 24/08/2020.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União, protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimentos potencialmente modificadores do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A região do município começou a ser ocupada há muito tempo. Tem-se registro de povos indígenas nômades, com artefatos produzidos a partir da técnica de lascamento, em áreas próximas ao médio rio Pardo. Na bacia do rio Sapucai, foi encontrada uma ponta de flecha de Tradição Umbu, grupos caçadores-coletores caracterizados por vestígios líticos (em pedra), presentes em grande proporção do território, no passado. Estudos em cidades próximas apontam para a significativa presença de grupos ligados à Tradição Aratu, com economia horticultora sedentária e artefatos cerâmicos de formas variadas, na bacia hidrográfica do rio Grande. Esta também é habitada por uma população Tupi-Guarani, com artefatos cerâmicos de decoração plástica e pinturas em vermelho, branco e preto.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas em São Joaquim da Barra, mesmo assim, ainda não há registro de nenhum sítio arqueológico no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN.
Os artefatos arqueológicos evidenciados na área são comumente compostos de lâminas de machado encontradas de forma isolada, não sendo relacionados a sítios.
Há, do ponto de vista do patrimônio cultural histórico, a Vila de Colonos da Fazenda Cachoeirinha, um conjunto de casas de trabalhadores rurais que ainda é utilizado.
Galeria de Fotos do Campo




A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.