[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram no município de São José dos Ausentes (RS), para realizar os estudos arqueológicos referentes aos programas de Prospecção Arqueológica da PCH Silveira II e Prospecção Arqueológica da PCH Silveira III, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 68, de 09/11/2020.
Paralelamente, em parceria com as Secretarias Municipais de Educação, Turismo, Cultura e Meio Ambiente, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material explicativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à comunidade escolar e local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
No Planalto Sul brasileiro há registro de três horizontes culturais, com datações bem antigas. Em relação aos grupos pré-ceramistas, caçadores-coletores, há a Tradição Humaitá, que ocupavam pequenos acampamentos temporários e produziam ferramentas líticas, em pedra, mais robustas. A segunda ocupação, um pouco mais recente, era de povos horticultores-ceramistas de Tradição Taquara-Itararé, cuja presença na região é marcada por casas subterrâneas; e por fim, os vestígios históricos associados à colonização, em meados de 1600.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas em São José dos Ausentes. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, há registro de um sítio no município: o Matemático 2, sítio abrigo cemitério, com ossos humanos, cerâmica, lítico, cestaria e cordoaria, e associado à Tradição Taquara – Fase Guatambu.
A região é considerada como de alto potencial arqueológico já que Bom Jesus, Cambará do Sul, Jaquirana, Bom Jardim da Serra, Timbé do Sul e São Joaquim, cidades limítrofes, contam com um total de131 sítios arqueológicos.
Acesse mais informações sobre a pesquisa desenvolvida pelos programas PCH Silveira II e PCH Silveira III e seus resultados na aba Projetos deste blog.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Rio Grande do Sul
Telefone: (51) 3311-7722
E-mail: iphan-rs@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.