[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Capela do Alto (SP), para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, serão difundidos, por meio dos seus canais de comunicação, o folheto explicativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante?– para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Industrial Olimpo Matiuci. Esse projeto foi autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 05, de 25/01/2021.
Estudos anteriores em Capela do Alto
Outros estudos também já foram realizados em Capela do Alto:
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Residencial Paineiras, autorizado pelo IPHAN por meio da Portaria nº 31 de 26/06/2017.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área do estudo está situada nas bacias hidrográficas dos rios Médio Tietê e Sorocaba, região com significativo atrativo para a ocupação humana em tempos pretéritos. Os estudos arqueológicos na região dividem a ocupação humana em dois períodos distintos: um primeiro referente à Tradição Umbu, grupos caçadores-coletores que produziam, em lítico (pedra), materiais, como raspadores, furadores, talhadores e lâminas de machado, polidas e finamente trabalhadas. E um segundo, um pouco mais recente, de grupos horticultores-ceramistas da Tradição: Tupiguarani, com produção de cerâmicas de base arredondada, pintadas em preto e vermelho sobre engobo branco.
Bens Culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Capela do Alto, não possui bens tombados, isto é, protegido pela lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat. Entretanto, o Grupo Fandango de Chilenas “IRMÃOS LARA” tem um importante significado para o município. Atualmente dirigido pelo Sr. Francisco de Lara, tem sua origem por volta de 1957, e é formado por homens, adultos e crianças, sem limite de idade.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram feitas em Capela do Alto. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, há registro de dois sítios no município. São eles:
- Sítio Jazida Ipanema: multicomponencial
- Sítio Iperozinho: composto por fragmentos de material cerâmico, associados à Tradição Tupiguarani.
Há também os sítios Iperó I, com vestígios de material cerâmico e faiança fina, e Iperó II, que apresenta material cerâmico, louça, vidro e uma panela de ferro, em superfície. Ambos relacionados à ocupação em meados do século XIX.
Galeria das fotos de campo
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN