[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Jataí (GO), para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com a instituições educativas e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo virtual – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na área da Subestação de Energia Elétrica – SE Rio Claro 2 e seccionamento em 230 kV, estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 55, de 14/09/2021.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área dos estudos está situada na Bacia Hidrográfica do rio Paranaíba. Os primeiros estudos arqueológicos no Estado de Goiás são datados da década de 1970. Na região, há um rico horizonte de pesquisas associado a grupos caçadores-coletores, com sítios em abrigos ou a céu aberto, contendo materiais líticos (em pedra), como lesmas ou lascas, e gravuras rupestres; e a grupos horticultores-ceramistas, com sítios cerâmicos das Tradições Aratu e Uru.
Sítios Arqueológicos
Um número significativo de pesquisas arqueológicas já foi feito em Jataí. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, há registro de 13 sítios no município. São eles: o sítio histórico Ponte sobre o rio Claro; o sítio Sertãozinho I, composto por vestígios em cerâmica e gravuras rupestres; os sítios líticos Cobra-coral (GO-Ja.112), Sítio Fazenda Cristalina 2, Mico-estrela (GO-Ja.119) e Rio Claro 1; os sítios cerâmicos Ibanes Carvalho Prado (GO-JA-006), Oliveira Alves de Queiroz (GO-JA-007), Jataí (GO-JA031), Campus UFG e Sertãozinho II; o sítio Sertãozinho III, caracterizado por uma lâmina de machado polida; e o sítio lito-cerâmico, a céu aberto, Raposinha (GO-Ja.114). Há também o sítio lítico Ladeira, localizado próximo ao rio Jaguatirica.
Galeria das fotos de campo
- Subestação de Energia Elétrica – SE Rio Claro 2 e seccionamento em 230 kV
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de Goiás
Telefones: (62) 3224-6402
E-mail: iphan-go@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN