[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estão nos municípios de Erval Seco e Redentora (RS), para realizar os estudos arqueológicos referentes ao projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da PCH Edelweiss, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 57, de 20/09/2021.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à comunidade local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área do estudo está localizada na Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea, região estratégica para grupos humanos em tempos pretéritos. No Planalto Sul brasileiro, há registro de três horizontes culturais, com datações bem antigas. Em relação aos grupos pré-ceramistas, caçadores-coletores, há as tradições Humaitá, que ocupavam pequenos acampamentos temporários e produziam ferramentas líticas, em pedra, mais robustas, e Umbu, com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra) finamente trabalhadas. A segunda ocupação, um pouco mais recente, era de povos horticultores-ceramistas de Tradição Taquara-Itararé, cuja presença na região é marcada por casas subterrâneas, e Tupiguarani, que apresenta vasilhames, com bases arredondadas e pinturas em preto e vermelho sobre engobo branco; e por fim, os vestígios históricos associados à colonização, em meados de 1600.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas em Erval Seco e Redentora. Entretanto, no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, ainda não há registro de sítios nos municípios.
Galeria das fotos de campo
- PCH Edelweiss
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Rio Grande do Sul
Telefone: (51) 3311-7722
E-mail: iphan-rs@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.