[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Araras (SP) para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Jardim São José, estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 53, de 06/09/2021.
Estudos anteriores em Araras
Outros estudos também já foram realizados em Araras:
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Jardim Parque Ecológico. Autorizado pelo IPHAN por meio da Portaria nº 72, de 11/11/2019;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Jardim Apolo, autorizado por meio da Portaria nº 63, de 23/09/2019;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Jardim Terras de Santa Teresa, autorizado por meio da Portaria nº 35, de 27/05/2019;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do loteamento Araras – São Miguel (Matrícula nº 38.255), autorizado por meio da Portaria nº 23, de 15/04/2019;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Araras, autorizado por meio da Portaria nº 35, de 17/07/2017;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Jardim Alto da Represa, autorizado por meio da Portaria nº 27, de 05/06/2017.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área do estudo está situada na bacia hidrográfica Mogi Guaçu, região conhecida historicamente como “Campos de Araraquara” e com significativo atrativo para os grupos humanos em tempos pretéritos. A ocupação mais antiga, no Estado de São Paulo, é de caçadores-coletores, que realizavam a coleta de vegetais, a pesca e a caça, como atividades econômicas predominantes, relacionados às tradições: Umbu, com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra) finamente trabalhadas; Humaitá, com produções mais robustas, feitas com blocos ou seixos; Rio-Claro, uma indústria mais elaborada, a partir das técnicas de lascamento e espatifamento dos artefatos, com sítios assentados sobre colinas suaves; e Ipeúna, caracterizada por lascamento sobre seixos. Já quanto às tradições ceramistas, um pouco mais recentes, há a Tupiguarani, que apresenta vasilhames com bases arredondadas e pinturas em preto e vermelho sobre engobo branco; Itararé, produtora de potes pequenos, com paredes finas, escuras e bem alisadas; e Aratu-Sapucaí, com grandes e espessos vasilhames, e urnas de formato globular.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram feitas em Araras. O Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, tem registro de um sítio no município: o sítio Araras I, multicomponencial, com fragmentos de vidro, louça, telha colonial e material lítico, possuindo, também, uma estrutura história relacionada à fundação da usina em 1935.
Há também outras 8 evidências arqueológicas no município, como os sítios líticos Água Boa 01 e 02, Araras, Vista Araras e Morro Alto, e o sítio histórico Estação Ferroviária Elihu Root.
Galeria das fotos de campo
- Jardim São José;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.