[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram no município de Rondon do Pará (PA) para realizar os estudos arqueológicos referentes ao projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico na Área do Projeto Bauxita Rondon, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 78, de 13/12/2021.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à comunidade escolar e local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
Há duas bacias hidrográficas com significativa importância para a área do estudo: a do rio Ararandeua e a do médio-baixo rio Tocantins. Os vestígios arqueológicos apontam para a ocupação pretérita de grupos horticultores-ceramistas da Tradição Tupiguarani, que costumam ser divididos nas fases: Tauá, Tauari, Tucuruí (médio-baixo Tocantins) e Pacajá (médio-baixo Xingu), com materiais produzidos pela técnica de manufatura por acordelamento, antiplástico mineral, policromia e decorações em motivos incisos e bordas vazadas. Há também alguns conjuntos cerâmicos, na região do baixo Tocantins, associados aos Tupinambá amazônicos, por conta das produções com recorrência de motivos incisos – em linhas horizontais, verticais, paralelas, transversais, curvilíneas, trançadas e triangulares – feitos a partir de traçados finos e superficiais, com a presença de corrugado na borda dos potes e a ocorrência de bordas vazadas ou ocas.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas em Rondon do Pará. O Núcleo de Arqueologia, Etnologia e Educação Patrimonial – NAEEP da Fundação Casa da Cultura de Marabá tem desenvolvido um extenso trabalho de documentação e proteção aos sítios arqueológicos, bem como na geração de conhecimentos sobre a ocupação pré-histórica da região. Entretanto, no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, ainda não há registro de sítios no município.
Galeria das fotos de campo
- Projeto Bauxita Rondon;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Pará
Telefones: (91) 3224-1825
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.