[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Sumaré (SP), para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante?– para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Jardim Residencial Reserva Bordon, estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 83, de 31/12/2021.
Estudos anteriores em Sumaré
Outros estudos também já foram feitos em Sumaré:
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Residencial Villa Eny. Autorizado pelo IPHAN por meio da Portaria nº 73, de 22/11/2021.
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Residencial Villa Florida, autorizado por meio da Portaria nº 68, de 09/11/2020.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área do empreendimento está situada nas Bacias Hidrográficas do médio Tietê. A ocupação humana mais antiga reconhecida na região é de grupos caçadores-coletores, de Tradições Umbu, com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra), como raspadores, furadores, talhadores e lâminas de machado, polidas e finamente trabalhadas; e Humaitá, com produções mais robustas, feitas com blocos ou seixos. Já quanto às populações mais recentes, podemos citar a Tradição Tupiguarani, com cerâmicas de base arredondada pintadas em preto e vermelho sobre engobo branco.
O Museu Municipal Elisabeth Aytai, em Monte Mor tem, em seu acervo, peças encontradas em alguns estudos arqueológicos ocorridos na região.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. O município de Sumaré possui um bem tombado, isto é, protegido pela lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat; o Conjunto da Estação Ferroviária de Sumaré.

Sítios Arqueológicos
Um número significativo de pesquisas arqueológicas já foi feito em Sumaré. Entretanto, no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, ainda não há registro de sítios no município.
Campinas, Monte Mor e Santa Bárbara D’Oeste, as cidades limítrofes, contam com 12 sítios, no total. São eles: o sítio pré-cerâmico Morro Azul, e os sítios históricos Souzas I, Colina, Benedito Pupo e Cemitério da Revolução de 1932, em Campinas; o sítio com vestígios de lascamento Santa Cruz e os sítios cerâmicos Rage Maluf e Santa Sofia em Monte Mor; e o sítio lítico Parada de Cillos, além dos sítios pré-cerâmicos Toledos, Matão e Sítio da Lagoa, localizados no município de Santa Bárbara D’Oeste.
Galeria das fotos de campo
- Residencial Villa Eny;
- Jardim Residencial Reserva Bordon;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN