[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram no município de Nova Mutum (MT) para realizar os estudos arqueológicos referentes ao projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Empreendimento FS Agrisolutions Indústria de Biocombustíveis Ltda, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 65, de 25/10/2021..
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material explicativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à comunidade escolar e local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
As pesquisas arqueológicas na região da sub-bacia do Rio Xingu apontam para a existência de cinco tradições arqueológicas divididas em nove fases: Tradição Incisa Ponteada na fase Curuá; Itacaiúnas nas fases Pacajás e Arara; Polícroma nas fases Cacarapí, Criajó, Primavera e Independência; Tradição Guará; fase Salvaterra; e Tradição Mina na fase Macapé. Essas divisões são feitas com base nos vestígios encontrados em escavações e os sítios costumam ser referentes a grupos sambaquieiros e cerâmicos de até 3200 anos antes do presente (AP).
Na região da sub-bacia do Teles Pires, destaca-se a presença de sítios cerâmicos e líticos (com achados em pedra), associados às Tradições Tupiguarani (fases Paranaíta e Teles Pires) e Xinguana. Há também um grande número de sítios com pinturas rupestres, com gravuras antropomorfas (humanos), zoomorfas (animais) e geométricas, algumas alcançando extensão de até 40 m.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas em Nova Mutum. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, há registro de 3 sítios lito-cerâmicos no município. São eles: Carandá (MT01109), Ovni (MT01110) e Canto das Araras (MT01111).
Galeria das fotos de campo
- Empreendimento FS Agrisolutions Indústria de Biocombustíveis Ltda;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Mato Grosso
Telefones: (65) 3322-9904
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN