Outros Estudos Arqueológicos em Sertãozinho

[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*

Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Sertãozinho (SP), para realizar os estudos de campo referentes aos projetos de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Alto da Boa Vista I e IIautorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio, respectivamente, das Portarias nº 17, de 04/04/2022 e nº 14, de 14/03/2022.

Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.

Estudos anteriores em Sertãozinho

Outros estudos também já foram realizados em Sertãozinho:

  • Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Jardim Boa Esperança. Autorizado pelo IPHAN por meio da Portaria nº 17, de 08/03/2021;
  • Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Distrito Empresarial de Sertãozinho autorizado pela Portaria nº 74, de 03/12/2018; 
  • Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área do loteamento Jardim Jequitibás e na área de Transbordo de Resíduos Sólidos e Beneficiamento de Resíduos Inertes, autorizado pela Portaria nº 57, de 24/09/2018;
  • Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento de Uso Misto Jardim Sul, autorizado pela Portaria nº 15, de 19/03/2018;
  • Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de Transbordo de Resíduos Sólidos e Beneficiamento de Resíduos Inertes, autorizado pela Portaria nº 56, de 02/10/2017.

Por que são necessários esses estudos?

Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.

Informações sobre a região 

A área do estudo está situada nas Bacias Hidrográficas dos rios Pardo e Moji-Guaçu, região com significativo atrativo para a ocupação humana em tempos pretéritos. As pesquisas apontam o Vale do Rio Pardo como um eixo de ocorrências de sítios pré-cerâmicos, com abundância em material lítico (em pedra).

Em relação à ocupação humana, estudos arqueológicos no Estado de São Paulo costumam dividi-la em dois períodos distintos. Um primeiro, o pré-cerâmico, mais antigo, de grupos caçadores-coletores, que realizavam a coleta de vegetais, a pesca e a caça, como atividades econômicas predominantes. Os vestígios encontrados costumam ser associados às Tradições Umbu, materiais em líticos pequenos, como raspadores, furadores, talhadores e lâminas de machado, polidas e finamente trabalhadas; e Humaitá, com produções mais robustas, feitas com blocos ou seixos. E um segundo período, um pouco mais recente, relativo aos grupos horticultores-ceramistas, com registros da Tradição Tupiguarani, que produzia cerâmicas de base arredondada, pintadas em preto e vermelho sobre engobo branco.

Bens culturais  

Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. O município de Sertãozinho possui um bem tombado, isto é, protegido pela lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat: a Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Anacleto Cruz.

Fonte: Condephaat

Sítios Arqueológicos

Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas em Sertãozinho. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e no SICG – Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão, bancos de dados do IPHAN, ainda não há registro de sítios arqueológicos no município.

Galeria das fotos de campo

  • Alto da Boa Vista I;
  • Alto da Boa Vista II;

A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:

Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo

Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913

Para saber mais:

Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial

ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.

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