[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Carlópolis (PR) para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante?– para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Residencial Murador II, estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 14, de 14/03/2022.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área se situa na bacia hidrográfica do rio Itararé. Na região do estudo, há três períodos de ocupação humana pré-colonial: um primeiro, mais antigo, composto por grupos caçadores-coletores, que realizavam a coleta de vegetais, a pesca e a caça, como atividades econômicas predominantes, das Tradições Umbu, Humaitá, Bituruna e Sambaquiana (nas áreas litorâneas), com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra) lascadas e finamente trabalhadas, como: furadores, raspadores e lâminas de machado (Umbu), robustas, feitas em blocos ou seixos (Humaitá) ou grandes pontas de projétil, raspadores e lâminas (Bituruna); um segundo, de povos horticultores-ceramistas, com produção de vasilhames pequenos de paredes finas, escuras e bem alisadas, de Tradição Itararé; e um terceiro, também horticultores, mas da Tradição Tupiguarani, e que produziam cerâmicas de base arredondada, pintadas em preto e vermelho sobre engobo branco.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas no município. O Cadastro Municipal de Sítios Arqueológicos – CNSA e o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, bancos de dados do IPHAN, possuem, juntos, registro de 12 sítios em Carlópolis. Alguns deles: o sítio cerâmico correspondente à Tradição Itararé, Corredeira das Ilhas 1 e os sítios lito-cerâmicos associados à Tradição Tupiguarani, Boca do Verde, Corredeira das Ilhas 2 e Praia da Areia 1.
Galeria das fotos de campo
- Residencial Murador II;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do IPHAN no Estado do Paraná
Telefones: (41) 3264 7971
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.