[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca Arqueologia etiveram em Aracaju (SE) para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante?– para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Alphaville Aracaju, estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 25, de 23/05/2022.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
O litoral nordestino é caracterizado, arqueologicamente, por dois tipos de ocupação em tempos pretéritos. Um primeiro, mais antigo, com grupos nômades que produziam materiais em pedra (líticos) e um segundo, um pouco mais recente, de grupos mais sedentários, que se estabeleceram nas zonas de mata atlântica. Os achados arqueológicos na região costumam ser associados às Tradições Tupiguarani e Aratu, quando cerâmicos, à Tradição lítica Itaparica (no Vale do São Francisco) e as tradições Nordeste, Agreste e Itacoatiara de pinturas e gravuras rupestres.
Sítios Arqueológicos
Um número significativo de pesquisas arqueológicas já foi feito no município. O Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, bancos de dados do IPHAN, possuem registro de três sítios em Aracaju. São eles: o sítio Lagoa Seca, o lito-cerâmico pré-colonial; o sítio Capucho, composto por fragmentos de cerâmica (recipientes, cachimbos, telhas e tijolos), vidro, louça e sílex; e o sítio Bagé, relacionado ao navio do Lloyd Brasileiro, que navegava de Recife para Salvador.
Galeria das fotos de campo
- Alphaville Aracaju;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Sergipe
Telefone: (79) 3211-9363; (79) 3211-9123
E-mail: iphan-se@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN