[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Itirapina, para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com aparelhos culturais e educativos, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Jardim das Bromélias, estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 42, de 01/08/2022.
Estudos anteriores em Itirapina
Outros estudos também já foram realizados em Itirapina:
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Jardim Atlântico. Autorizado pelo IPHAN por meio da Portaria nº 20, de 22/03/2021;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área do Loteamento Postal do Sol, autorizado por meio da Portaria nº 15, de 19/03/2018.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A região, situada no Planalto Ocidental Paulista, na bacia dos rios Tietê/Jacaré, está inserida em área estratégica para o estudo arqueológico, pois sua proximidade com leitos de água atraía grupos humanos diversos desde períodos pré-coloniais. Analisando o contexto arqueológico, têm-se registros das tradições Umbu, caracterizada por vestígios líticos, em especial pontas de projétil, e materiais ósseos; e Humaitá, com peças líticas, utilizando basalto, calcedônia e arenitos em sua composição. É possível verificar, também, a presença das tradições: Tupiguarani, com cerâmicas de base arredondada, que podem ser lisas, incisas, unguladas (marcas de unhas) ou corrugadas (marca de pressão com os dedos), pintadas (com traços pretos e/ou vermelhos sobre fundo branco, com formações geométricas); e Itararé, com vasilhames pequenos, de paredes finas e bem alisadas e coloração escura. Um elemento característico desse grupo são as “casas subterrâneas”.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas em Itirapina. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA, banco de dados mantido e atualizado pelo IPHAN, há registro de três sítios no município. São eles:
- Sítio lito-cerâmico Água Ronca;
- Sítio Itirapina, composto por uma jazida cerâmica Guarani;
- Sítio lítico Barcciott.
Galeria das fotos de campo
- Loteamento Jardim das Bromélias;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN