[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Pirassununga (SP), para realizar os estudos de campo referentes ao Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico Residencial Sabiá, autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 44, de 08/08/2022.
Paralelamente, em parceria com a aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Estudos anteriores em Pirassununga
Outros estudos também já foram realizados em Pirassununga:
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área do Loteamento Jardim Girassol. Autorizado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por meio da Portaria nº 36, de 25/06/2018;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área do Loteamento Jardim Ament, autorizado por meio da Portaria nº 37, de 02/07/2018.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área do estudo está situada na bacia hidrográfica do rio Mojiguaçu, região com significativo atrativo para os grupos humanos em tempos pretéritos. A ocupação mais antiga, no Estado de São Paulo, é de caçadores-coletores, que realizavam a coleta de vegetais, a pesca e a caça, como atividades econômicas predominantes, relacionados às Tradições Umbu, com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra) finamente trabalhadas; e Humaitá, com produções mais robustas, feitas com blocos ou seixos. Já quanto às Tradições Ceramistas, um pouco mais recentes, há a Tupiguarani, que apresenta vasilhames com bases arredondadas e pinturas em preto e vermelho sobre engobo branco; Itararé, produtora de potes pequenos, com paredes finas, escuras e bem alisadas; e Aratu-Sapucaí, com grandes e espessos vasilhames, e urnas de formato globular.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. O município de Pirassununga possui um bem tombado, isto é protegido por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat: a Escola Normal de Pirassununga.

Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas na região. O Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, bancos de dados mantido do IPHAN, apresentam registro de quatro sítios no município. São eles: Cachoeira de Emas 1, com vestígios cerâmicos associados à Tradição Arqueológica Aratu, Cachoeira de Ema 2 e 3, composto por fragmentos cerâmicos da Tradição Tupiguarani e o sítio lítico Cachoeira de Ema 4. Há também os sítios históricos: Fazenda Queiroz do Terreirinho, Fazenda do Roque, Fazenda Usina São Pedro e Vila Santo Antônio/ Fazenda Guadalupe.
Galeria das fotos de campo
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.