[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Gravataí (RS) para realizar estudos de campo.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante?– para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do LOG Gravataí II, estudos autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 49, de 29/08/2022.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
A área do estudo está localizada na Bacia Hidrográfica do rio Gravataí, região estratégica para grupos humanos em tempos pretéritos. Em relação aos grupos pré-ceramistas, de ocupação mais antiga, caçadores-coletores, há aqueles da Tradição Humaitá, que ocupavam pequenos acampamentos temporários e produziam ferramentas líticas, em pedra, mais robustas, e Umbu, com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra) finamente trabalhadas. Já um com datação um pouco mais recente, estão os povos horticultores-ceramistas de Tradição Taquara-Itararé, cuja presença na região é marcada por casas subterrâneas; Tupiguarani, que apresenta vasilhames, com bases arredondadas e pinturas em preto e vermelho sobre engobo branco; e Vieira, com uma indústria cerâmica simples, sem decorações.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas no município. Segundo o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, há dois sítios em Gravataí: o Arroio dos Ferreiros, lítico; e o Aterro Sanitário, composto por louças, vidros e restos construtivos.
Galeria das fotos de campo
- LOG Gravataí II;
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Rio Grande do Sul
Telefone: (51) 3311-7722
E-mail: iphan-rs@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.