Estudos arqueológicos em Jaguariúna

[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*

Os Arqueólogos da A Lasca estiveram em Jaguariúna (SP) para realizar estudos de campo.

Paralelamente, em parceria com instituições educativas e culturais será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante?– para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.

Essas ações de esclarecimento e extroversão integram o projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Residencial de Interesse Social Jaguariúna – Roseira, autorizado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 59, de 03/10/2022.

Estudos anteriores em Jaguariúna

Outros estudos também já foram realizados no município:

  • Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Residencial Jardim Esplanada. Autorizado pelo IPHAN por meio da Portaria nº 21, de 29/04/2022;
  • Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Villa São Bento, autorizado por meio da Portaria nº 23, de 09/05/2022;
  • Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Reserva Santa Clara, autorizado por meio da Portaria nº 09, de 21/02/2022;
  • Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Residencial Jaguariúna, autorizado pela Portaria nº 46, de 02/08/2021.

Por que são necessários esses estudos?

Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.

Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.

Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são forma de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.

Informações sobre a região

A região é estratégica para o estudo arqueológico, pois se situa na bacia hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, o que a tornava muito atrativa para o estabelecimento de grupos humanos. Há registro da presença de ao menos três grupos, com horizontes culturais diferentes.  Um primeiro, mais antigo, correspondente à Tradição Umbu, grupos pré-ceramistas, caçadores-coletores que produziam uma indústria lítica (com rochas cuidadosamente retocadas) e pontas de projétil (flechas) muito trabalhadas. Um segundo grupo seria de horticultores-ceramistas, de Tradições Tupiguarani, com cerâmicas com bases arredondadas e pinturas em preto e vermelho, e Itararé-Taquara, que se caracteriza pelas produções de cerâmicas pequenas, com paredes finas, escuras e bem alisadas. O último horizonte, mais recente, corresponde ao período histórico, de colonização portuguesa e ocupação do interior do Estado de São Paulo.

A Casa de Memória Padre Gomes também possui artefatos líticos – pontas de flecha, percutores, lascas, estilhas e núcleos – encontrados por moradores na região.

Bens culturais

Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. Jaguariúna possui 1 bem tombado, isto é, protegido por lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat:

  • Conjunto da Estação Ferroviária de Jaguariúna
Fonte: Condephaat
  • Mapa das antigas linhas da Mogiana na região de Campinas, 1875

Sítios Arqueológicos

Um número significativo de pesquisas arqueológicas já foi realizado em Jaguariúna. Segundo o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, bancos de dados do IPHAN, há registro de três sítios no município. São eles: o sítio Fazenda Serrinha, uma fazenda remanescente do período colonial brasileiro, construída com a utilização de uma técnica conhecida por taipa de pilão; Fazenda Morro Verde, composto por duas estruturas habitacionais rurais e vestígios históricos associados e o sítio lítico Jaguari (01).

Galeria das fotos de campo

  • Loteamento Residencial Jaguariúna
  • Reserva Santa Clara;
  • Residencial Jardim Esplanada;
  • Villa São Bento;
  • Loteamento Residencial de Interesse Social Jaguariúna – Roseira;

Ouça o Podcast: Em Campo com A Lasca Arqueologia

Disponível em: https://open.spotify.com/show/0n7Ww90ortZL8KJA9PhrM8?si=rFL3SVI1TBiy_YC4gNhXmw

A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:

Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo

Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913

Para saber mais:

Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial

ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.

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