[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Parauapebas e Curionópolis (PA) para realizar os estudos arqueológicos referentes ao projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Projeto Ferro Sul, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 61, de 10/10/2022.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à comunidade escolar e local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
Há duas bacias hidrográficas com significativa importância para a área do estudo: a do rio Ararandeua e a do médio-baixo rio Tocantins. Os vestígios arqueológicos apontam para a ocupação pretérita de grupos horticultores-ceramistas da Tradição Tupiguarani, que costumam ser divididos nas fases: Tauá, Tauari, Tucuruí (médio-baixo Tocantins) e Pacajá (médio-baixo Xingu), com materiais produzidos pela técnica de manufatura por acordelamento, antiplástico mineral, policromia e decorações em motivos incisos e bordas vazadas. Há também alguns conjuntos cerâmicos, na região do baixo Tocantins, associados aos Tupinambá amazônicos, por conta das produções com recorrência de motivos incisos – em linhas horizontais, verticais, paralelas, transversais, curvilíneas, trançadas e triangulares – feitos a partir de traçados finos e superficiais, com a presença de corrugado na borda dos potes e a ocorrência de bordas vazadas ou ocas.
Sítios Arqueológicos
Algumas pesquisas arqueológicas já foram realizadas nos municípios. O Núcleo de Arqueologia, Etnologia e Educação Patrimonial – NAEEP da Fundação Casa da Cultura de Marabá tem desenvolvido um extenso trabalho de documentação e proteção aos sítios arqueológicos, bem como na geração de conhecimentos sobre a ocupação pré-histórica da região. O Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, bancos de dados do IPHAN, apresentam registros de 244 sítios em Parauapebas e Curionópolis.
Galeria das fotos de campos
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Pará
Telefones: (91) 3224-1825
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.