[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Os Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram no município de Manaus (AM), para realizar os estudos arqueológicos referentes ao projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Condomínio Residencial Terminal 03, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 2, de 16/01/2023.
Paralelamente, em parceria com aparelhos educativos e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material explicativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à comunidade escolar e local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Estudos anteriores em Manaus
Outros estudos também já foram realizados em Manaus:
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da Ampliação da Subestação (SE) 230 kV Lechuga. Autorizado pelo IPHAN por meio da Portaria nº 46, de 12/08/2022;
- Projeto de Avaliação de Potencial de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da LT 230 kV Lechuga – Tarumã, CD, C1 e C2, autorizado por meio da Portaria nº 44, de 08/08/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Residencial Vista Torres, autorizado por meio da Portaria nº 49, de 29/08/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Mirante das Bromélia, autorizado por meio da Portaria nº 21, de 29/04/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Lote 04 Akajutuba, autorizado por meio da Portaria nº 09, de 18/02/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Lote 03 Akajutuba, autorizado pela Portaria nº 13, de 04/03/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da Obra 452 – Lote 8. Autorizado pela da Portaria nº 83, de 31/12/2021;
- Projeto Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Empreendimento Manaus I. Autorizado por meio da Portaria nº 75, de 29/11/2021.
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da Ampliação da Subestação (SE) 230 kV Lechuga. Autorizado por meio da Portaria nº 45, de 26/07/2021;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da Subestação (SE) 230/138 kV Tarumã, autorizado pela Portaria nº 46, de 02/08/2021;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Mirante Bela Vista, autorizado pela Portaria nº 53, 06/09/2021;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Mirante Flores, autorizado pela Portaria nº 53, de 06/09/2021;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico Ampliação do Sensia Ponta Negra, autorizado pela Portaria nº 53, de 06/09/2021;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Condomínio Residencial Multifamiliar, Obra 515, Lote 7A, autorizado por meio da Portaria nº 37, de 07/06/2021.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
Na região do Estado do Amazonas, a ocupação humana pode ser dividida em dois grupos: o primeiro mais antigo, de 9.460 e 7.500 anos AP (antes do presente), que é caracterizado por caçadores-coletores, com tecnologia lítica (em pedra) refinada e que produziam pontas de projétil, entre outras ferramentas; o segundo, um pouco mais recente, 5.560 e 4.500 anos AP, por comunidades que faziam maior uso de recursos vegetais, com artefatos líticos, como quebra-cocos e outros a partir de blocos brutos.
Em relação aos grupos cerâmicos, são divididos em 4 fases: Açutuba, Manacapuru, Paredão e Guarita. As cerâmicas da Fase Açutuba possuem uma ampla variedade de formas e decorações, com pinturas em tons de vermelho e preto sobre engobo branco; a Manacapuru, com vasilhames não decoradas, sempre temperadas com cauixi; já as cerâmicas da fase Paredão costumam ser muito finas, bem acabadas e queimadas, com borda incisa e também temperada com cauixi e com apliques com cabeças antropomorfas e zoomorfas; a última fase, Guarita, da Tradição Polícroma Amazônica, apresenta como característica o engobo branco, a decoração acanalada e os vasilhames de variadas formas temperados com cariapé. As três primeiras fases compõem a Tradição Borda Incisa.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. O município de Manaus possui vários bens tombados, isto é, protegido por lei. Alguns deles:
- Instituto Benjamin Constant;

- Academia Amazonense de Letras;

- Teatro Amazonas.

Acesse mais informações sobre esses e outros bens tombados na página do IPHAN.
Sítios Arqueológicos
Um número significativo de pesquisas arqueológicas já foi feito em Manaus. No Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, bancos de dados mantido do IPHAN, há registro de 110 sítios no município. Alguns deles: os sítios pré-coloniais Portal da Cidade e Nova Cidade II; os sítios lito-cerâmicos Estrada Santa Etelvina, Ponte Velha e Vovó; os sítios cerâmicos Fortaleza e Areia Branca; e o sítio lito-cerâmico, vinculado às fases Manacapuru e Paredão e Guarita, da Tradição Polícroma da Amazônia, Nova Cidade. Há também o sítio Alphaville, identificado durante a vistoria arqueológica da área do Itapuranga IV.
Galeria das fotos de campo
- Condomínio Residencial Multifamiliar, Obra 515, Lote 7A
- Subestação (SE) 230/138 kV Tarumã
- Ampliação da Subestação (SE) 230 kV Lechuga
- Ampliação do Sensia Ponta Negra
- Mirante Flores
- Mirante Bela Vista
- Empreendimento Manaus I;
- Obra 452 – Lote 8;
- Lote 03 Akajutuba;
- Lote 04 Akajutuba;
- Mirante das Bromélia;
- Residencial Vista Torres;
- Subestação (SE) 230 kV Lechuga;
- LT 230 kV Lechuga – Tarumã, CD, C1 e C2;
- Condomínio Residencial Terminal 03;
Para saber mais
Ouça nosso podcast: Em Campo com A Lasca Arqueologia
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado do Amazonas
Telefones: (92) 3622-3071, (92) 3234-3455
E-mail: iphan-am@iphan.gov.br
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN