[ATIVIDADE DE ESCLARECIMENTO]*
Arqueólogos da A Lasca Arqueologia estiveram em Bauru (SP), para realizar os estudos de campo referentes ao projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Green Floratta, autorizados pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, órgão do Governo Federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, por meio da Portaria nº 15, de 10/03/2023.
Paralelamente, em parceria com instituições educativas e culturais, será difundido, por meio dos seus canais de comunicação, o material informativo digital – Por que o Patrimônio Cultural é tão importante? – para informar à população local sobre a necessidade de estudos arqueológicos para o licenciamento ambiental de empreendimentos modificadores do meio ambiente.
Estudos anteriores em Bauru
Outros estudos também já foram realizados em Bauru:
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Bauru Mello. Autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN por meio da Portaria nº 63, de 24/10/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Bosque do Lago, autorizado por meio da Portaria nº 05, de 24/01/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Bosque das Araucárias, autorizado por meio da Portaria nº 05, de 24/01/2022;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico da Área Madi, autorizado por meio da Portaria nº 46, de 02/08/2021;
- Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do Loteamento Residencial e Comercial Bauru 187 (COMVIVA BAURU 1), autorizado por meio da Portaria nº 17, de 08/03/2021;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do Loteamento Jardim São José, autorizado por meio da Portaria n.º 77 de 09/12/19;
- Projeto de Avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico na área de implantação do loteamento residencial Vida Nova Bauru, autorizado por meio da Portaria n.º 13 de 12/03/2018.
Por que são necessários esses estudos?
Sítios arqueológicos são bens da União e são protegidos por legislação federal, Lei n. 3.924/61, sendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan o órgão responsável pela proteção desses sítios. A legislação objetiva a proteção desses bens e exige estudos prévios, como forma de garantir a redução dos impactos ao patrimônio arqueológico, durante a implantação de atividades e empreendimento potencialmente modificadoras do meio ambiente.
Para que se possa ter sucesso na proteção dos bens culturais, sejam os arqueológicos ou quaisquer outros, é importante o entendimento de que todos nós somos responsáveis por cuidar desses bens para que as gerações futuras possam conhecê-los.
Esta ação busca estimular as percepções e envolver os moradores com seu patrimônio, desenvolvendo, ou ainda, exercitando noções de pertencimento, de identidade e alteridade. Estas atividades são formas de diálogo entre os pesquisadores e a comunidade, visando à valorização, ressignificação e proteção do patrimônio arqueológico e cultural da cidade.
Informações sobre a região
Situada na região do Planalto Ocidental Paulista, na Bacia Hidrográfica do Rio Tietê-Jacaré, a área apresenta significativo atrativo para a ocupação humana em tempos pretéritos. Os estudos arqueológicos no Estado de São Paulo costumam dividir a ocupação humana em dois períodos distintos: um primeiro, mais antigo, de grupos caçadores-coletores, que realizavam a coleta de vegetais, a pesca e a caça, como atividades econômicas predominantes, associados às Tradições: Umbu, com vestígios de pequenas peças líticas (em pedra), como raspadores, furadores, talhadores e lâminas de machado, polidas e finamente trabalhadas; e Humaitá, com produções mais robustas, feitas com blocos ou seixos. Já o segundo período, um pouco mais recente, de grupos horticultores-ceramistas, há registros das Tradições Tupiguarani, com produção de cerâmicas de base arredondada pintadas em preto e vermelho sobre engobo branco; e Itararé, com vasilhames pequenos, em coloração escura, com paredes finas e bem alisadas. Um elemento característico deste grupo são as casas subterrâneas, muito profundas de formato circular.
Bens culturais
Bens culturais são elementos representativos da história e da cultura de um lugar e que são importantes para o grupo de pessoas que ali vivem. O município de Bauru possui dois bens tombados, isto é, protegidos pela lei pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat. São eles:
- Antigo Asilo Colônia Aimorés;

- Complexo Ferroviário de Bauru.

Sítios Arqueológicos
Um número significativo de pesquisas arqueológicas já foi feito em Bauru. Entretanto, o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA e no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão – SICG, bancos de dados do IPHAN, ainda não possui registro de sítios no município. Há o sítio Rio Bauru, histórico, associado ao século XX, no qual foram encontradas sete estruturas e uma lixeira.
Galeria das fotos de campo
- Área Madi;
- Bosque do Lago;
- Bosque das Araucárias;
- Loteamento Bauru Mello;
- Green Floratta;
Acesse mais informações sobre a pesquisa desenvolvida pelo projeto Loteamento Residencial e Comercial Bauru 187 (COMVIVA BAURU 1) e seus resultados na aba Projetos deste blog.
A quem comunicar caso encontre vestígios arqueológicos na cidade:
Superintendência do Iphan no Estado de São Paulo
Telefones: (11) 3826-0744 / 3826-0905 / 3826-0913
Para saber mais:
Centro Nacional de Arqueologia – Licenciamento Ambiental – Educação Patrimonial
ESTE TEXTO FAZ PARTE DO CONJUNTO DE PRODUTOS DESENVOLVIDOS PELA A LASCA ARQUEOLOGIA PARA ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE LOCAL, EM ATENDIMENTO À INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 1/2015 E PORTARIA N. 137/2016 DO IPHAN.
[…] Acesse aqui mais informações sobre o contexto da pesquisa e o conhecimento arqueológico em Bauru. […]
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